domingo, 30 de dezembro de 2012

Jiboia

A jiboia-constritora (Boa constrictor) é uma serpente que pode chegar a um tamanho adulto de 2m (Boa constrictor amarali) a 4m (Boa constrictor constrictor), raramente chegando a este tamanho máximo. Existe no Brasil, onde é a segunda maior cobra (a maior é a sucuri)e pode ser encontrada em diversos locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica.
No Brasil existem duas subespécies: a Boa constrictor constrictor (Forcart, 1960) e a Boa constrictor amarali (Stull, 1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da região amazônica e do nordeste. A segunda, Jiboia amarali, pode ser encontrada mais ao sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais do país.
É basicamente um animal com hábitos noturnos (o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical), ainda que também tenha atividade diurna.
Considerado um animal vivíparo porque no final da gestação o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe. Alguns biólogos desvalorizam essa parte final da gestação e consideram-nas apenas ovovivíparas porque, apesar de o embrião se desenvolver dentro do corpo da mãe, a maior parte do tempo é dedicado à incubação num ovo separado do corpo materno. A gestação pode levar meio ano, podendo ter de 12 a 64 crias por ninhada, que nascem com cerca de 48 cm de comprimento e 75 gramas de peso.
Detecta as presas pela percepção do movimento e do calor e surpreende-nas em silêncio. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente ratos), aves e lagartos que matam por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. A sua boca é muito dilatável e apresenta dentes serrilhados nas mandíbulas, dentição áglifa. A digestão é lenta, normalmente durando sete dias, podendo estender-se a algumas semanas, durante as quais fica parada, num estado de torpor.
Animal muito dócil, apesar de ter fama de animal perigoso, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva. É muito perseguido por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto, como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado pelo Ibama pode custar de 1050 a 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração.
Existe um mercado negro de animais silvestres no Brasil, pois as leis dificultam sua criação em cativeiro, apesar do baixo risco de acidentes envolvidos na criação deste animal. O Ibama suspendeu a licença para venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar dos estudos internacionais demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se combater o tráfico de animais exóticos.

Etimologia

"Jiboia" provém do tupi y'bói. "Constritora" é uma referência ao modo como a jiboia mata suas vítimas: apertando-as e sufocando-as.

Alimentação

As serpentes são animais carnívoros que se alimentam de roedores, aves e lagartos. A frequência e quantidade de alimentos variam de acordo com o tamanho do animal.
Quando em cativeiro, é comum alimentar as jiboias com pequenos roedores, como camundongos e ratazanas jovens. Quando maiores, podem ser alimentadas com coelhos, lebres, ratazanas adultas e aves (frangos).

Criação em cativeiro

Poucas informações se tem aqui no Brasil, sobre reprodução assistida. Abaixo seguem algumas informações sobre condições sugeridas para um terrário residencial.
É interessante reproduzir o habitat natural do animal. Para isso precisamos:
  • Terrário que tenha um comprimento de pelo menos 2/3 o tamanho máximo do animal e 1/3 do tamanho máximo em largura e a mesma medida em altura.
  • Placa de aquecimento ou pedra aquecida que mantenha o ambiente entre 25 °C e 30 °C. Note que o aquecimento deverá ser feito em um dos lados do terrário para que o animal possa escolher entre o lado aquecido ou o outro lado e assim regular sua temperatura.
  • Termômetro em cada extremidade do terrário para verificar o gradiente de temperatura
  • Higrômetro para verificar a humidade que deve estar entre 80% e 90%.
  • Lâmpadas UVA / UVB não são necessárias para jiboias, diferentemente de outros répteis, as quais favorecer a abosorção de nutrientes.
  • Uma fonte de água com tamanho suficiente para que ela fique imersa se desejar.
  • Substrato de grama sintética, bark, litter - tipos de forrações atóxicas.

Manuseio

Normalmente são dóceis e bem adaptáveis, aceitando bem o manejo. É preciso se observar bem algumas orientações: Sempre lavar as mãos, antes e depois de se manusear o animal; Manter o terrário sempre limpo; Trocar a agua diariamente; Retirar o animal do terrário sempre com um gancho apropriado; Tomar cuidado com os olhos, pois acidentes (mordidas) podem ocorrer, e essa seria a região mais perigosa a ser afetada.
Sempre manter movimentos lentos, e no primeiro momento pegar a jiboia sempre por trás da cabeça, primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o dedão evitando que a serpente se assuste e tente morder. Nunca tente vir pela frente da jiboia, pois ela pode morder. Se for selvagem coloque um pano sobre ela, apoie o gancho por cima de onde está a cabeça (sempre por trás), e pegue primeiro com o dedo indicador e depois fazendo uma pinça com o polegar. É importante, um dia antes de alimentar a jiboia, colocar para que se exercite pois passará os proximos dias imóvel a fazer digestão. O ideal é que seja a cada 10 dias, no final de tarde(após as 16h), em gramado baixo.
Em geral, os animais são dóceis, mas o temperamento pode variar entre cada indivíduo e de acordo com o modo de tratamento dispensado a ele.

Curiosidades

No mundo, existe uma variedade imensa de jiboias, sendo diferenciadas pela região onde são encontradas e pelos diferentes padrões de coloração:
Boa constrictor Codensis
Boa constrictor Denisens
Boa constrictor gordfea (Price & Russo, 1991)
Boa constrictor ocidentalis (Philippi, 1863)
Boa constrictor obesidad (Cope, 1878)
Boa constrictor imperator (Daudin, 1803)
Boa constrictor sabogae (Barbour, 1906)
Boa constrictor nebulosa (Lazzel, 1964)
Boa constrictor orophias (Linnaeus, 1758)
Boa constrictor melanogaster (Langhammer, 1984)

Doenças

As serpentes são animais susceptíveis a uma grande diversidade de doenças causadas por vírus, bactérias, parasitas, fungos, protozoários, pentastomídeos, helmintos, miíases, ácaros e carrapatos.

Vírus

As viroses são o principal problema em jiboias,devido a gravidade do quadro e também a capacidade de disseminação de alguns vírus. Diversos tipos de vírus foram descritos em jiboias como adenovírus e herpesvírus como agente causadores de lesão hepática e alguns retrovírus causadores de enterite e lesões hepáticas.Um dos principais vírus causadores de mortes é o paramixovírus. Esses vírus levam a quadros de pneumonia bastantes graves, que frequentemente levam o animal à morte.
Os sintomas são febre, e geralmente a serpente passa a ficar com a boca semiaberta, dificuldade respiratória e até hemorragia na boca.


Guaxinim

O guaxinim(Procyon lotor), também chamado mapache e rato-lavadeiro em Portugal, é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o Procyon cancrivorus, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul e são conhecidos também pelo nome de racum. No Brasil guaxinim e jaguacinim referem-se a vários Procionídeos, especialmente Procyon cancrivorus. Existem também na Europa Central e no Cáucaso, onde estabeleceram-se após as fugas dos quintais de criação de peles.
É conhecido pelo público em geral possivelmente devido a vários filmes de animações, como Pocahontas, Over the Hedge, Dr. Dolittle 2, entre outros.
O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também em áreas urbanas.

Características

O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa “máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.

Alimentação

Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, cobras camarões de água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas. São omnívoros.

Estilo de vida

O mapache dorme o dia todo e sai à noite para procurar comida. Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, os mapaches passam o inverno em tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam, saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.

Comportamento social e reprodução

Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas aceitam apenas um pretendente. Os machos, que quase sempre são pacíficos, costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento. Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes depois de nove semanas de gestação e cuida sozinha da ninhada. A família continua unida por um ano aproximadamente, quando os jovens guaxinins deixam então a companhia da mãe.

Situação

A pele do guaxinim continua a ser muito procurada e, por isso, o animal é caçado em grande escala, especialmente no sul dos Estados Unidos.


A família Ranidae é constituída por uma grande diversidade de espécies que se distribuem por todo o mundo à excepção do sul da África e da maior parte da Austrália oriental.

A rã é um anfíbio anuro da família Ranidae, que vive na proximidade de lagos ou outros lugares úmidos. Como outros anuros, possui membrana nictante e pulmões quando adulta, mas sua respiração se dá principalmente pela pele.

Alimenta-se de insectos, vermes e outros pequenos animais, sendo quase sempre carnívora, que captura com a língua, inserida na frente da boca. Emite sons variados que servem para diferentes propósitos como atração da fêmea e delimitação da territorialidade com outros machos. Algumas poucas espécies possuem glândulas parotóides produtoras de veneno, que no entanto são uma protecção passiva, já que não possuem mecanismos de inoculação e só têm efeito quando em contato com mucosas.

Há pelo menos doze famílias de rãs. A família Ranidae engloba as rãs verdadeiras. O género Rana, desta família, é cosmopolita.

A rã é muito usada em experimentos científicos, sendo criada em biotérios para este fim.

Como outros anfíbios, está em processo acelerado de extinção em todo o planeta, por motivos ainda ignorados. As hipóteses mais aventadas são:

    o aquecimento e consequente dessecamento global
    a contaminação dos lençóis de água por agrotóxicos.

Índice

    1 Mudança de sexo
    2 Géneros
    3 Ver também
    4 Referências
    5 Ligações externas

Mudança de sexo

A exposição de rãs do sexo masculino a um pesticida comum pode levá-las a mudar de sexo e serem reprodutoras, conforme estudo da Universidade da Califórnia publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Os resultados podem ajudar a compreender o declínio da população mundial de rãs [1].
Géneros

    Afrana Dubois, 1992
    Amietia Dubois, 1987
    Amnirana Dubois, 1992
    Amolops Cope, 1865
    Aubria Boulenger, 1917
    Batrachylodes Boulenger, 1887
    Ceratobatrachus Boulenger, 1884
    Chaparana Bourret, 1939
    Conraua Nieden, 1908
    Discodeles Boulenger, 1918
    Euphlyctis Fitzinger, 1843
    Fejervarya Bolkay, 1915
    Hildebrandtia Nieden, 1907
    Hoplobatrachus Peters, 1863
    Huia Yang, 1991
    Indirana Laurent, 1986
    Ingerana Dubois, 1987
    Lankanectes Dubois & Ohler, 2001
    Lanzarana Clarke, 1982
    Limnonectes Fitzinger, 1843
    Meristogenys Yang, 1991
    Micrixalus Boulenger, 1888
    Minervarya Dubois, Ohler & Biju, 2001
    Nannophrys Günther, 1869
    Nanorana Günther, 1896
    Nyctibatrachus Boulenger, 1882
    Occidozyga Kuhl & Hasselt, 1822
    Paa Dubois, 1975
    Palmatorappia Ahl, 1927
    Platymantis Günther, 1858
    Pseudoamolops Jiang, Fei, Ye, Zeng, Zhen, Xie & Chen, 1997
    Pterorana Kiyasetuo & Khare, 1986
    Ptychadena Boulenger, 1917
    Pyxicephalus Tschudi, 1838
    Rana Linnaeus, 1758
    Sphaerotheca Günther, 1859
    Staurois Cope, 1865
    Strongylopus Tschudi, 1838
    Tomopterna Duméril & Bibron, 1841




Macaco

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Macaco é um termo de origem africana (provavelmente do banto: makako) utilizado como designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropóides, aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral. No sentido estrito, macaco refere-se às espécies de primatas pertencentes ao género Macaca.

A designação "mico", (miko) se origina segundo Aurélio do caraíba (karib) continental, bastante usada no Brasil, costuma aplicar-se às espécies do gênero Cebus, no Sul, e às espécies de pequeno porte, ou saguis, no Norte. O termo sagui é de origem tupi e também designa os macacos calitriquídeos de pequeno porte. Vivem nas florestas, savanas e pântanos das regiões tropicais. Na América do Sul e Central, habitam principalmente as florestas úmidas. A maioria dos macacos é arborícola (vivem em árvores). Apenas algumas poucas espécies, como os Gorilas e mandris, preferem o solo. Alimentam-se de folhas, frutos, sementes, pequenos anfíbios, caramujos e pássaros.

Na classificação popular brasileira geralmente se utiliza o termo macaco ou mono (segundo Aurélio antigo termo português para espécie de símio africano) seguido de um adjetivo que identifique o animal. Como exemplificado acima na galeria de fotos.

A classificação científica também se vale desse esquema de adjetivação. Por exemplo no gênero Cebus entramos espécies designadas por Libidinosus (macaco prego), Ruivo, Robustus, etc. Ainda nessa classificação alguns deles são associados à demônios com o Beelzebuth (Ateles belzebuth) e o Satanás (Chiropotes satanas) e/ou se referem à lendas como por exemplo a dos cércopes salteadores de força descomunal que assaltavam e matavam os viajantes da antiga Grécia. Conta-se que, no seu atrevimento, chegaram a atacar Héracles, o conhecido Hércules, enquanto dormia, mas, ao acordar, ele os dominou com facilidade, tratou de amarrá-los e pretendia vendê-los como escravos. No caminho do mercado, os cércopes, mesmo amarrados, fizeram tantas brincadeiras e piadas que o herói findou por soltá-los. Contudo Zeus, o senhor dos homens e dos deuses do Olimpo, não foi tão piedoso e transformou os cércopes em macacos.
Provérbios, ditos e trovas

    “Macaco velho não mete a mão em cumbuca”.
    "Macaco velho não aprende arte nova".
    “Macaco que pula muito leva chumbo”.
    "A brincar, a brincar, vai o macaco à banana".
    "Quando a árvore cai os macacos se dispersam".
    "Macaco gordo não pula em galho seco".
    "Macaco não enjeita banana".
    "Macaco não olha para o próprio rabo".
    "Macaco, quando acha galho, trepa e balança".
    "Macacos me mordam!".
    "Vá pentear macaco!".
    "Pagando mico!".
    "Muita gente se admira do macaco andar em pé, o macaco já foi gente pode andar como quiser".
    "Cada macaco no seu galho!"


Tartaruga

A tartaruga-comum (Caretta caretta), também chamada de tartaruga-amarela, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-meio-pente ou tartaruga-mestiça, é uma espécie de tartarugas marinhas comum nos Oceanos de todo o Mundo, mas que se encontra ameaçada de extinção.
As medidas de uma tartaruga cabeçuda tem em média 90 centímetros de comprimento quando totalmente crescido, embora os indivíduos maiores de até 270 centímetros foram descobertos. Uma tartaruga cabeçuda, já adulta, pesa aproximadamente 135 kg com os maiores exemplares pesando mais de 454 kg. A cor da pele varia do amarelo ao marrom, e a casca normalmente é marrom-avermelhada. Não há diferenças externas em sexo antes da tartaruga se tornar um adulto, a diferença mais óbvia é que os machos adultos possuem caudas mais grossas e mais curtas que as fêmeas.

Índice

  • 1 Taxonomia
  • 2 Habitat
  • 3 História Evolutiva
  • 4 Predadores
  • 5 Anatomia e morfologia
  • 6 Ver também
  • 7 Ligações externas
  • 8 Referências

Taxonomia

Foto de uma Tartaruga-oliva
Carolus Linnaeus deu a tartaruga cabeçuda seu primeiro nome binomial, "Testudo caretta", em (1758). A tartaruga cabeçuda do mar é encontrada no Atlântico, Pacífico e Índico, bem como o Mar Mediterrâneo. Ele passa a maior parte de sua vida em habitats de água salgada e estuarinos, as fêmeas brevemente vem á terra para pôr ovos. A tartaruga marinha cabeçuda tem uma baixa taxa reprodutiva; fêmeas depositam uma média de quatro desovas e, em seguida, tornar-se inativo, não produzindo ovos para dois a três anos. A cabeçuda atinge a maturidade sexual dentro de 17-33 anos e tem uma vida útil de 47-67 anos. Mais de trinta e cinco outros nomes surgiram ao longo dos dois séculos seguintes, com a combinação Caretta introduzido pela primeira vez em 1902 por Leonhard Stejneger. O nome comum do Inglês "loggerhead", ou "cabeçuda" refere-se à cabeça dos animais de grande porte. A tartaruga cabeçuda do mar pertence ao Cheloniidae família, que inclui todas as tartarugas marinhas, exceto a tartaruga de couro. A classificação da subespécie da tartaruga cabeçuda é debitada, mas a maioria dos autores consideram que uma única espécie polimórficas. A genética molecular confirmou a hibridação da tartaruga marinha cabeçuda com a tartaruga de Kemp Ridley mar, tartaruga-de-pente e tartarugas verdes. O grau de hibridação natural ainda não está determinada, no entanto, os híbridos de segunda geração têm sido relatados, sugerindo que alguns híbridos são férteis.

Habitat

Tartarugas-cabeçudas do mar passam a maior parte de suas vidas em mar aberto e em águas costeiras rasas. Eles raramente vêm à terra, com exceção do sexo feminino "breves visitas para a construção e depósitode de ovos nos ninhos. Tartarugas-cabeçudas Hatchling vivem em tapetes flutuantes de algas Sargassum. Adultos e juvenis vivem ao longo da plataforma continental, bem como em águas rasas dos estuários costeiros. No Atlântico noroeste do Oceano, a idade desempenha um fator de preferência de habitat. Os juvenis são mais freqüentemente encontrados em habitats estuarinos rasos com acesso ao oceano limitado em comparação aos não-assentamento adultos. As tartarugas cabeçudas ocupam águas com temperaturas de superfície variando de 13,3-28 °C (56-82 °F) durante a não-nidificação temporada. Temperaturas de 27-28 °C (81-82 °F) são os mais adequados para o sexo feminino de assentamento.

História Evolutiva

Foto de uma Tartaruga-de-pente
Embora a evidência está faltando, tartarugas marinhas modernas provavelmente descendem de um único ancestral comum durante o período Cretáceo. Como todas as outras tartarugas marinhas, exceto o couro, desacordo são membros da família Cheloniidae antiga, e surgiu há cerca de 40 milhões de anos atrás. Das seis espécies de vida Cheloniidae, as cabeçudas estão relacionados com a tartaruga de Kemp Ridley mar, verde-oliva Ridley tartaruga-marinha, a tartaruga-de-pente e do que são para a tartaruga-Flatback e a tartaruga-verde. A água fria ressurgência em torno do Cabo da Boa Esperança e redução na temperatura da água no Cabo Horn formaram barreiras de água fria para tartarugas migratórias. O resultado foi um isolamento completo das populações no Atlântico e Pacífico de conflito. As populações distintas das cabeçudas têm características únicas e as diferenças genéticas. Por exemplo, cabeçudas do Mediterrâneo são menores, em média, do desacordo sobre o Oceano Atlântico.

Predadores

As tartarugas cabeçudas têm predadores numerosos, especialmente no início de suas vidas. Predadores de ovos e filhotes incluem oligoquetas, besouros, larvas de moscas, formigas, larvas de vespa parasitóide, caranguejos, cobras, gaivotas, corvídeos, gambás, ursos, ratos, tatus, mustelídeos, canídeos, gatos, porcos, e seres humanos. Durante sua migração de seu ninho para o mar, filhotes são predados por larvas de dípteros, caranguejos, sapos, lagartos, serpentes, aves marinhas como fragatas e outras aves e diversos mamíferos. No oceano, os predadores dos juvenis incluem outros peixes, como papagaio e moréias. Adultos são raramente atacados devido a seu grande tamanho, mas pode ser predada pelos grandes tubarões, focas e baleias assassinas. Fêmeas do assentamento são atacados por moscas, cães selvagens e seres humanos. "Salt Marsh", ou mosquitos também pode incomodar as mulheres do assentamento.

Anatomia e morfologia

A tartaruga cabeçuda é a maior do mundo de todas as tartaruga de carapaça dura. As adultas têm uma gama de peso médio de 80 a 200 kg e uma gama de comprimento de 70 a 95 centímetros. O peso máximo relatado é 545 kg e do comprimento da carapaça máxima é de 213 centímetros. A cabeça ea carapaça (casco superior) varia de um amarelo-laranja a um marrom-avermelhado, enquanto o plastrão (parte inferior) é tipicamente amarelo pálido. O pescoço de tartaruga e os lados são marrom, nas partes superiores,laterais e no fundo é amarela. O dimorfismo sexual da tartaruga cabeçuda é apenas aparente em adultos. Os machos adultos possuem caudas e garras mais longas do que fêmeas. Dos machos plastrons são mais curtas do que as fêmeas, presumivelmente para acomodar as caudas dos machos maiores. A carapaça dos machos são maiores e menos abaulada que as fêmeas e os machos geralmente têm cabeças mais largas do que as fêmeas.

Lince Íberico

Ficheiro:Linces10.jpg
O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de 140 linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica.

Índice

  • 1 Distribuição
  • 2 Habitat e ecologia
  • 3 Comportamento
  • 4 Ameaças
  • 5 Estatuto de conservação
  • 6 Evolução populacional
  • 7 Medidas de conservação
  • 8 Taxonomia
  • 9 Galeria
  • 10 Ver também
  • 11 Notas
  • 12 Referências
  • 13 Ligações externas

Distribuição

O lince-ibérico só existe em Portugal e Espanha. A população está limitada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.

Habitat e ecologia

Este felino habita no maqui mediterrânico . Prefere um mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça (ICONA 1992). Não é frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas (eucaliptais e pinhais) (Palomares et al. 1991).
Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel fundamental no controlo das populações de coelhos (sua presa favorita) e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta

Comportamento

É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de uma ou mais fêmeas.
Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 , daí um dos seus pequenos aumentos populacionais. Não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.

Ameaças

A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.
Outras ameaças:
  • Utilização de armadilhas
  • Caça ilegal
  • Atropelamentos

Estatuto de conservação

O estatuto de conservação do lince-ibérico tem variado ao longo das últimas décadas:
  • 1965 > Considerado muito raro e acreditando-se decrescer em número (como Felis lynx pardina) (Scott 1965)
  • 1986 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1986)
  • 1988 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1988)
  • 1990 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN 1990)
  • 1994 > Ameaçado (Groombridge 1994)
  • 1996 > Ameaçado (Baillie and Groombridge 1996)
Actualmente prevalece a avalição efectuada em 2002, pela UICN:
  • Criticamente ameaçado > segundo o critério C2a(i) > Categorias e Critérios de 2001 (versão 3.1)
Em Portugal, a espécie permanece com o estatuto de Criticamente Ameaçada, de acordo com a última edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, de 2006.
A Quercus considerou a espécie inexistente em Portugal em 2007, em resposta à criação do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal pelo governo português. Embora existam testemunhas que tenham avistados alguns linces perto da fronteira.

Evolução populacional

Evolução das estimativas do número total de indivíduos desde 1969 (apenas indivíduos no estado selvagem estão contabilizados):
  • 1969: Vários milhares 
  • 1978: 1000 a 1500 
  • 1987: 1000 a 1500
  • 1991: Cerca de 1000 
  • 1992: Não mais que 1200, excluindo crias 
  • 1995: Não mais que 1300 
  • 1998: Cerca de 800 
  • 2000: Cerca de 600 
  • 2002: Menos de 300 
  • 2003: 150 a 300
  • 2004: 120 a 155
  • 2006: 135 a 110 
  • 2008: 110 a 150 
Segundo Nowell e Jackson (1995), o número de indivíduos existentes em Portugal no ano de 1995 não excederiam 100. Segundo os mesmos autores, para Espanha e para o mesmo ano, a população seria de 1200.

Medidas de conservação

Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em subpopulações inviáveis terão que ser capturados.
  • Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha
  • Listada na CITES (apêndice I)
Em Portugal, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), em parceria com a organização internacional Fauna & Flora International (FFI), lançou, em 2004, o Programa Lince, que conta com a participação e o apoio técnico e científico de um grupo composto pelos principais especialistas nesta espécie em Portugal. No âmbito deste Programa, têm sido desenvolvidos projectos, entre os quais se incluem Projectos LIFE, que visam sobretudo a recuperação do habitat natural do Lince Ibérico. O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI) de Silves terá o propósito de fazer com que linces reprodutores em cativeiro se reproduzam no território nacional


Baleia-Branca


A beluga ou baleia-branca (Delphinapterus leucas) é um mamífero cetáceo da família Monodontidae. O seu parente mais próximo no grupo dos cetáceos é o narval. A baleia branca habita as águas frias em torno do círculo polar ártico.
São caçadores oportunistas, e comem uma grande variedade de peixes, lulas, crustáceos e polvos.
A baleia-branca é um animal gregário que mede até 5 metros de comprimento e pesa até 1,5 toneladas. Tem entre 8 a 10 dentes em cada maxilar.
Esse belo exemplar de animal é capaz de conviver com humanos e mesmo assimilar seus hábitos se adotado ainda filhote.
A beluga foi descrita pela primeira vez pelo zoólogo Peter Simon Pallas em 1776. É considerada um membro da família taxonômica Monodontidae, junto com o narval. O seu ancestral mais antigo conhecido é a hoje extinta Denebola , do final do Mioceno. Um único fóssil dessa espécie foi encontrado na península da Baixa Califórnia, indicando que esta família antes habitava águas mais quentes. O esqueleto indicou também que o tamanho das belugas variava conforme o tamanho da crosta de gelo do planeta—aumentando durante as eras glaciais, e diminuindo nos períodos seguintes.

Nome

O Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas considera tanto o nome baleia branca como beluga como nomes desta espécie. Esta baleia também é chamada canário do mar (em inglês, sea canary) por causa de seus assobios e cantos.

Curiosidade

Em um estudo realizado por um grupo de cientistas americanos na Fundação Nacional de Mamíferos Marítimos em San Diego, na Califórnia, foi descoberto que as baleias brancas ou belugas são capazes de imitar a voz humana. Tudo começou em 1984, quando o cientista Sam Ridgway e seus colegas notaram sons pouco comuns próximo do tanque de golfinhos e baleias brancas – ambos pertencentes à ordem dos cetáceos –, similares a uma conversa distante entre duas pessoas, mas que não era possível compreender. Dias depois, os pesquisadores ficaram sem reação quando uma mergulhadora emergiu do tanque das baleias e perguntou a seus colegas quem tinha dado a ordem para que ela saísse. Uma análise acústica determinou que os sons vinham de uma fonte surpreendente: uma beluga chamada Noc. As observações sugerem que a baleia teve que modificar sua mecânica vocal para fazer sons parecidos com a fala, atribuindo os esforços do mamífero à necessidade de estabelecer contato com os humanos. Noc tinha vivido com golfinhos e outras baleias brancas e era visto frequentemente com humanos. Os autores do estudo explicam que essa não é a primeira vez que eles acham que as baleias parecem imitar os humanos, mas neste caso decidiram recolher mais provas. Ao gravar os sons de Noc, a equipe descobriu um ritmo similar ao da fala humana e frequências mais baixas que os sons típicos das baleias, muito mais próximos da voz humana. Os sons gerados eram um claro exemplo de aprendizagem vocal por parte da baleia branca. O fenômeno é duplamente surpreendente, porque as baleias brancas fazem sons por meio de seu duto nasal e não da laringe, como as pessoas. Por isso, para produzir sons humanos, Noc teve que variar a pressão em seu trato nasal e realizar outros ajustes musculares, o que não é fácil. Noc passou 30 anos na fundação e morreu há cinco, mas sua voz ainda pode ser ouvida nas gravações feitas pelos cientistas.

Puma


O puma (Felis concolor), também conhecido como suçuarana, leão da montanha ou onça parda, é um mamífero quadrúpede pertencente à família Felidae e à ordem carnívora. È um animal que vive solitário e costuma caçar no final do dia. É o segundo mais pesado felino da América, ficando somente atrás da onça pintada.
Trata-se de um felino originário do continente Americano que pode ser encontrado desde o Canadá até o sul da América do Sul. Na América do Norte são conhecidas seis subespécies, na América Central, cinco subespécies e na América do Sul, oito subespécies.
Este animal, quando adulto, pode chegar a medir até 2,40 m de comprimento, atinge até 65 cm de altura e seu peso pode chegar a 100 kg. A expectativa de vida do puma é, em média, de 15 anos. A maturidade sexual ocorre entre dois a três anos, a gestação (que ocorre de dois em dois anos) dura em torno de 90 dias e o número de filhotes que nascem oscila entre dois e quatro. Os filhotes abrem seus olhos depois dos primeiros dez dias e ficam com a mãe durante os primeiros vinte meses.
O puma é dotado de garras retráteis e afiadas cujo formato é curvo. Nas patas dianteiras possuem cinco dedos e nas patas traseiras somente quatro. Suas patas possuem na parte inferior almofadas que lhe permitem mover-se sem fazer barulho. O puma só ataca o homem quando se sente acuado.
A pelagem do puma é de cor bege, podendo apresentar variações que vão da cor cinza à cor ferrugem ou marrom. O comprimento do seu pêlo varia de acordo com a temperatura do habitat do animal, ou seja, em climas frios o pelo do puma é mais comprido.
Da mesma forma que os outros felinos o puma é um predador bastante eficaz, pode caçar animais pequenos, como pequenos roedores, insetos, peixes ou coelhos e também animais de grande porte como o alce ou veados. Este é um animal exclusivamente carnívoro que só se alimenta de animais que ele mesmo tenha matado.
O puma, graças à ação direta do homem, é outro animal ameaçado de extinção. Isto se deve à caça indiscriminada deste animal para se obter sua pele e, principalmente, à destruição do seu habitat. Isto obriga o puma a se aproximar de centros urbanos onde ataca o gado e é morto por pecuaristas. Como tem o hábito de guardar carcaças para se alimentar depois, estas carcaças podem ser envenenadas e, assim, este animal torna-se um alvo fácil.

Hipipótamo




Identificação:
Os hipopótamos são animais corpulentos, que podem atingir os 3200 kg de peso. Têm a cabeça muito grande e o pescoço curto. As patas são relativamente curtas e têm quatro dedos. A pele é castanha, tem cerca de 5 cm de espessura, é quase totalmente nua (isto é, tem uma escassa cobertura de pêlos, existentes praticamente apenas na região dos lábios, nas orelhas e na extremidade da cauda) e apresenta muitas glândulas e tecido adiposo. Tem de estar constantemente humedecida e segrega um líquido de cor avermelhada, que serve como protecção da desidratação. Esta secreção levou à crença de que os hipopótamos são capazes de suar sangue. Os caninos inferiores e superiores podem atingir 60 a 80 cm de comprimento e pesar mais de 3 kg. Crescem sempre ao longo de toda a vida do indivíduo. Os incisivos também são longos e estão virados para a frente no maxilar inferior. Estes dentes são usados nos combates entre rivais. Na maior parte dos combates, o vencedor é o animal que apresenta os maiores caninos. Nestes combates, as pernas e o pescoço são as partes do corpo mais atingidas. Muitas vezes, os animais morrem em consequência dos ferimentos sofridos. Os olhos, as orelhas e as narinas estão colocados de forma a ficarem à superfície quando o animal se desloca na água. As narinas fecham quando o animal submerge.

Hábitos:
São animais sociáveis e gregários. Vivem em grupos de dimensão variável, normalmente com 10 a 30 indivíduos, mas podem reunir-se em maior número. Os grupos são constituídos por um macho dominante, várias fêmeas e crias. São raros os indivíduos solitários. Os machos escavam sulcos, que chegam a ter mais de um metro de profundidade, junto às margens dos rios e lagos onde estabelecem os seus territórios. Estes sulcos servem para que a água penetre mais para o interior, na altura das cheias, aumentando, assim, a área de pastagem do seu território. Os hipopótamos passam a maior parte do dia na água ou próximo desta e apenas se deslocam para terra, à noite, para pastar. Um adulto pode ingerir mais de 100 kg de vegetação numa única noite e destruir quase a mesma quantidade por lhe passar por cima. Regressam ao rio ao amanhecer. São particularmente agressivos, podendo mesmo ser fatais para o Homem, quando, no seu regresso, encontram pessoas junto da água. A fama destes animais como um dos animais mais perigosos de África é, assim, justificada. Se os rios secam, o grupo desloca-se para cursos de água maiores. Os dejectos dos hipopótamos são extremamente importantes para o equilíbrio das cadeias alimentares dos rios e lagos africanos, já que servem de adubo para o crescimento das algas, que por sua vez são ingeridas pelos peixes. Até para os crocodilos, os hipopótamos são adversários temíveis, com os seus fortes caninos e incisivos, de forma que estes raramente se atrevem a aproximar-se de um animal adulto. As crias são, no entanto, vulneráveis aos ataques de crocodilos na água e de leões em terra, embora apenas se for possível iludir a atenção da sua forte e protectora mãe. Os hipopótamos podem correr à surpreendente velocidade de 30 km/h.

Dieta:
Alimentam-se essencialmente de herbáceas. A vegetação é arrancada com os lábios e mastigada pelos molares.

Reprodução:
A cópula, o parto e a amamentação ocorrem, geralmente, dentro de água. Os nascimentos podem ocorrer em qualquer altura do ano, mas dão-se normalmente durante a estação húmida. O período de gestação é de oito meses, após os quais nasce uma cria, com 30 a 50 kg, que é amamentada durante seis a oito meses. A cria que é desmamada não abandona a protecção da mãe, pelo que é frequente observar fêmeas acompanhadas por duas a quatro crias de diferentes idades. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos quatro anos de idade e os machos aos seis anos ou mais tarde. No entanto, os acasalamentos só ocorrem entre os sete e 15 anos, no caso das fêmeas, e entre os seis e 13 anos, no caso dos machos.


Estatuto de conservação e principais ameaças:
A espécie é considerada como não ameaçada globalmente (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza) e, embora se encontre principalmente em áreas protegidas, ainda existem locais onde o seu número é suficientemente grande para provocar danos nas culturas. Está protegida na maior parte da sua área de distribuição actual. Há cerca de 2000 anos, esta espécie encontrava-se em todo o continente africano, onde quer que houvesse água com temperatura entre 18 a 36ºC e alimento disponível. À excepção das florestas tropicais húmidas, existia no delta do Nilo, na África do Sul, no Sahel e no sul do Sara. Desde então, tem sido caçada intensamente pelos agricultores (devido aos danos causados às culturas), pelos caçadores de troféus e de marfim (que é considerado, por alguns, melhor do que o dos elefantes) e para a obtenção de carne para consumo humano. A espécie extinguiu-se no Norte e no Sul de África e em grande parte do delta do Nilo (no Egipto por volta de 1816). Encontra-se em muitos dos grandes zoos, onde se reproduz com uma relativa facilidade. Pertence ao Apêndice II da CITES

Camaleão

O nome "Camaleão" significa "leão da terra", e é derivado das palavras gregas Chamai (na terra, no chão) e leon (leão).

Características físicas

Os camaleões têm até 60 centímetros de comprimento, com uma língua muito grande para pegar suas presas, como mariposas,Besouros,joaninhas, gafanhotos,e moscas ,tambem comem folhas e principalmente secas,tem cauda preênsil e patas fortes.
Movimenta-se com lentidão para não ser notado antes do ataque. Para apanhar sua presa, utiliza a língua que tem uma ponta grudenta. Consegue, com grande velocidade, estender a língua quase um metro. Sua língua, de ponta pegajosa prende o inseto e este é comido. Estuda-se esse processo com o auxílio de câmeras de alta velocidade. Ele se alimenta principalmente de insetos, entre os quais estão o gafanhoto, a joaninha, o besouro, e muitos outros.
Os seus olhos podem ser movidos independentemente para qualquer direção, o que lhe confere aparência curiosa. Quando um camaleão vê uma presa, pode fixá-la com um olho e utilizar o outro para verificar se não há predadores nas redondezas. O encéfalo do camaleão recebe duas imagens separadas, que tem de associar. À medida que se aproxima da presa, o camaleão fixa nela ambos os olhos para poder fazer pontaria.
Os olhos são recobertos por uma pálpebra que deixa livre apenas uma pequena área circular no centro, que corresponde à íris e a pupila.
Sua pele possui bastante queratina, o que apresenta uma série de vantagens (em especial, a resistência). Mas essa característica faz com que o camaleão precise fazer a "muda" de pele durante seu crescimento (a pele antiga descama, dando lugar a outra), assim como fazem as serpentes e outros lagartos. O Camaleão é uma espécie rara para algumas pessoas, certas pessoas duvidam da existência deles. Em países como a Espanha o camaleão é bem vindo e também muito conhecido, onde muitas pessoas os adotam como animais de estimação.

Distribuição e habitat

Quanto ao habitat, a maior parte dos camaleões vive na África e em Madagascar,embora algumas espécies também sejam encontradas em Portugal, em Espanha, Sri Lanka, Índia e até na Ásia Menor. Diferentes espécies habitam diferentes ambientes, como montanhas, florestas pluviais, savanas e às vezes desertos e estepes. Acredita-se que os indivíduos que vivem nos sectores mediterrânicos europeus derivem de exemplares introduzidos pelo homem em épocas remotas.
Os camaleões habitam, em sua maior parte, árvores. Mas também são achados em alguns arbustos, e algumas espécies vivem no chão, por baixo de folhas. Podem passar de uma árvore a outra graças à sua cauda preênsil e aos pés em forma de pinças.
Na Amazônia e no Região Nordeste do Brasil, o lagarto conhecido como iguana (Iguana iguana) é por vezes chamado de camaleão, embora pertença a uma família diferente (família Iguanidae). A espécie também é conhecida localmente como sinimbu. A iguana não sofre pressão de caça intensa, principalmente pela falta de tradição como alternativa alimentícia pelas comunidades rurais. No entanto, existem relatos de consumos de ovos por algumas comunidades ribeirinhas da Amazônia. Pratos feitos com o animal também são ocasionalmente preparados pelos nativos.
Também há casos menos frequentes de camaleões da família Chamaeleonidae na Amazônia, de origem indiana, e que foram introduzidos pelos portugueses. Esses animais se adaptaram com sucesso ao habitat amazônico.
Como não é uma espécie nativa, a legislação brasileira não proíbe a criação de camaleões como animais de estimação: são bichos dos mais populares entre os fãs de animais exóticos. Recentemente, o IBAMA proibiu a importação de camaleões Mas não há restrição de criação de animais que já estejam no país, desde que estejam em criadouros adequados. Essa "permissão" vai consumir naturalmente não vale para o "camaleão da Amazônia", que é nativo.
Os lagartos do gênero Anolis também são as vezes chamados de camaleões, devido à sua habilidade de mudar de cor, mas, assim como a iguana, eles não são camaleões verdadeiros, pois pertencem a outra família.

Comportamento

Todos os camaleões são animais diurnos. Seu período de maior atividade é a manhã, e o final do entardecer. Os camaleões não são caçadores ativos. Ao invés disso, preferem se sentar, ficando horas imóveis, esperando uma presa passar por eles. Se alimentam basicamente de artrópodes e de pequenos vertebrados. Em cativeiro, também comem frutas como mamão, banana, pequenos pedaços de maçã, mas essa dieta só é válida para animais adultos: filhotes são quase exclusivamente insectívoros.
Os camaleões vivem a maior parte de suas vidas solitariamente, e são bastante agressivos contra outros membros de sua mesma espécie, mesmo que sejam fêmeas. O hábito solitário só é abandonado na época de acasalamento, quando o macho desce das árvores à procura de fêmeas. Os camaleões mordem se forem provocados, mas a mordida não causa dores muito fortes.

Evolução e taxonomia

O fóssil mais antigo de camaleão conhecido (Chamaeleo caroliquarti) foi datado com tendo cerca de 26 milhões de anos, mas a origem da família é provavelmente bastante anterior, uma vez que vestígios fósseis sugerem que o ancestral comum mais recente com a família mais próxima, Agamidae, existiu há mais de 100 milhões de anos.

Mudança de cor

Camaleão listrado.
A mudança de cor tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso. Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar na camuflagem do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional.
Os camaleões possuem células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. As células na camada superior, chamadas de cromatóforas, contém pigmentos amarelos e vermelhos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos refletem, entre outras, a cor azul da luz incidente. Se a camada superior de cromatóforas for amarela, a luz refletida se torna verde (azul + amarelo). Uma camada de pigmento escuro (melanina) contendo melanóforos está situada ainda mais profundamente, abaixo das guanóforas refletoras de luz azul e branca. Estes melanóforos influenciam o brilho e a claridade da luz refletida. Todas essas diferentes células pigmentares podem relocar seus pigmentos, influenciando assim a cor da luz que é refletida.

Cavalo

Descendente de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parece ter-se iniciado com o Hyracohterium, um animal com cerca de 40 cm de altura. Os antecessores do cavalo, são originários do norte da América mas extinguiram-se aí por volta do Pleistoceno, há cerca de cento e vinte mil anos. Os cavalos selvagens originais eram de constituição mais robusta do que as raças de membros esguios que existem na actualidade. Há cinquenta milhões de anos atrás, uma pequena criatura semelhante a uma lebre, possuindo quatro dedos nas patas dianteiras e três em cada pata traseira, corria através de densas e úmidas vegetações rasteiras, alimentando-se de suculentas plantas e pastagens. Pelo fato de poder fugir e esconder-se de seus destruidores, o pequeno mamífero conseguiu prosperar. Esse animal era o Eohippus, o antecessor do cavalo moderno.
Poucos animais possuem um registro tão antigo e completo como o cavalo. Através do estudo de sua história, toma-se conhecimento dos efeitos causados pela crescente mudança do meio-ambiente na batalha do animal pela sobrevivência, e das adaptações que foram sendo necessárias durante o processo de sua evolução. Com a mudança gradual do clima, a terra se tornou mais seca, e os pântanos foram cedendo lugar a extensas planícies gramadas. De Eohippus, no espaço de vinte milhões de anos aproximadamente, evoluiu Mesohippus, maior e mais musculoso, possuindo três dedos e patas mais longas. Seus dentes, ligeiramente modificados, eram mais adequados para puxar a grama do que para pastar nos arbustos e musgos dos pântanos.
Outros vinte milhões de anos transcorreram, e apareceu Merychippus, no qual apenas o dedo do meio, bem maior, tocava o solo quando o animal corria, sendo que os dedos laterais, assaz reduzidos em tamanho, eram usados somente em terreno molhado e pantanoso. Esse cavalo tinha o porte de um cão, com dentes notavelmente diferentes: mais adequados para triturar a mastigar. A cabeça possuía maior flexibilidade em sua base, sendo proporcionalmente mais longa do que a de seus antecessores, e assim o animal pastava com mais facilidade.
Pliohippus, o primeiro cavalo de um dedo só, apareceu na época pliocênica. Era um animal adaptado para desenvolver maior velocidade em descampados e pradarias, para evitar a captura. Estava-se, então a um passo do surgimento do Equus, o cavalo moderno, cuja estrutura de pata é formada pelos ossos do dedo central e cuja unha alargou-se enormemente, formando o casco. Equus, pequeno, mais robusto e fértil, capaz de suportar os mais rudes climas, prosperou e espalhou-se pelo mundo.
A evolução do cavalo.
Cavalos, asnos e zebras pertencem à família equídea e caracterizam-se por um dedo funcional em cada pata, o que os situa entre os monodáctilos. As outras duas falanges formam a quartela e o osso metatársico, os quais são ligados pelo machinho, junta que possui grande flexibilidade, e à qual se deve a facilidade que apresenta o animal para amortecer o choque com o solo após saltar grandes obstáculos.
O machinho é responsável também pela capacidade do animal de desenvolver grande velocidade sobre terrenos ondulados e, ainda, por sua habilidade em esquivar-se agilmente de obstáculos, voltar-se sobre si mesmo e correr em sentido oposto, em verdadeiras manobras de fuga. O nascimento dos dentes acontece de maneira a permitir que os mesmos possam ser usados, sem que apresentem qualquer problema, desde o nascimento do animal até que este complete oito anos, aproximadamente.
Os cavalos, de maneira geral, são muito semelhantes em sua forma física, possuindo corpos bem proporcionados, ancas possantes e musculosas e pescoços longos que sustentam as cabeças de acentuada forma triangular. As orelhas são pontudas e móveis, alertas ante qualquer som, e a audição é aguçada. Os olhos, situados na parte mais alta da cabeça e bem separados um do outro, permitem uma visão quase circular e as narinas farejam imediatamente qualquer sinal de perigo. O pelo forma uma crina ao longo do pescoço, possivelmente para proteção. A maioria dos inimigos do animal, membros da família dos felinos, por exemplo, costuma saltar sobre o dorso do cavalo e mordê-lo no pescoço.
Cavalos selvagens foram difundidos na Ásia e Europa em épocas pré-históricas, mas as vastas manadas foram se esgotando através das caçadas e capturas para domesticação. O Tarpan (cavalo selvagem da Tartária) sobreviveu até 1850 na Ucrânia, Polônia e Hungria, países de onde se originou. Acredita-se que seja o antecessor do cavalo Árabe e de outros puros-sangues. Pequeno, tímido e veloz, o Tarpan possuía uma pelagem longa e de tonalidade cinzento-pálida, com uma faixa negra sobre o dorso. A crina era ereta e a cauda coberta por pelos longos e ásperos. Evoluiu durante a época glacial, quando os cavalos que viviam em florestas foram forçados a se deslocar para o sul, onde, então, cruzaram-se com os animais locais, que viviam em planícies. Desde 1932, esforços têm sido desenvolvidos no sentido de recriar o Tarpan, e vários parques zoológicos já possuem grupos de Tarpans. Os pequenos cavalos representados nas pinturas de cavernas em Lascaux, França, são, quase certamente, Tarpans.
O cavalo-de-przewalski é a última espécie sobrevivente de cavalo selvagem.
O Przewalski teve seu nome derivado do explorador russo que descobriu uma imensa tropa dessa raça em 1881. Também conhecido como cavalo-selvagem-da-mongólia, foi quase completamente extinto no fim do século, e os sobreviventes são cuidadosamente conservados cativos e em estado selvagem. O cavalo-de-przewalski é um animal baixo e compacto, de coloração clara como a areia, possuindo uma listra negra sobre o dorso e uma crina negra e ereta. A cauda é negra e coberta por pelos. Possui também protuberâncias, conhecidas como calosidades, na face interna das pernas. Sendo um animal fértil e de rápido amadurecimento, não deveria ser difícil manter um núcleo saudável de reprodutores para que fossem novamente supridas as áreas nas quais viviam originalmente.
Por volta do ano 2000 a.C., o homem começou a usar o cavalo para propósitos outros além daquele da alimentação, e, devido à sua intervenção no esquema natural das coisas, o processo evolutivo foi acelerado por seleção artificial, dando origem assim à grande diversidade de raças, tamanhos, formas e pelagens, que pode ser apreciada nos tempos atuais.

Introdução no Brasil

Em três momentos o cavalo foi introduzido inicialmente no Brasil: a primeira leva veio em 1534, na Vila de São Vicente; a segunda, em Pernambuco, em 1535; a terceira, na Bahia, trazidos por Tomé de Sousa.

Cavalos Europeus

Conclusões de equipa internacional de peritos, diz que espécies da Península Ibérica contribuíram geneticamente para os modernos cavalos europeus. Os cavalos na Europa tiveram o seu primórdio na Ásia e também na Península Ibérica. Segundo um estudo, estes, concentravam-se na Península Ibérica devido a esta ter uma floresta menos densa do que a restante Europa, à milhares de anos atràs. Este estudo foi conduzido por Cristina Luís (dos Museus da Politécnica da Universidades de Lisboa) e Maria do Mar Oom (do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), entre outros. O trabalho efectuado por esta equipe foi publicado na revista PLoS ONE. A existência dos cavalos na Península Ibérica vem de há cerca de 6.000 anos atrás. Segundo o estudo, os cavalos asiáticos e os Ibéricos terão influenciado os cavalos europeus. É de salientar também a evolução do homem juntamente com este animal, na sua evolução e sua utilização para as mais variadas tarefas como: viagens de longa distância, na agricultura, no comércio e na guerra. O cavalo teve assim enorme importância na história do homem. O estudo avaliou, geneticamente, 24 raças de cavalos europeus e asiáticos. O objectivo terá sido investigar as ligações genéticas para apurar a história do cavalo e a sua história nas civilizações humanas, tendo também a intenção de preservar este animal. Na história de Portugal e na altura das investidas e ocupação por parte dos Mouros no território Português é desconhecido como foi feita a migração dos cavalos. Fica a dúvida se foram os Mouros que trouxeram os cavalos para a Península Ibérica ou se terá sido o contrário. Nos dias de hoje já não se encontram cavalos selvagens na Europa, apesar de o mais próximo disso, ser, cavalos a “andarem” livremente. São esses, os “Garranos” que podem ser vistos no Norte de Portugal, mas os Garranos, são propriedade de alguns senhores.

Raças Portuguesas

  • Garrano
  • Lusitano
  • Sorraia

Raças mais conhecidas

  • Andaluz
  • Alter-Real
  • Árabe
  • Arabo-Friesian
  • Appaloosa
  • Berbere
  • Bretão
  • Brasileiro de hipismo
  • Cavalo campolina
  • Clydesdale
  • Crioulo
  • Frísio
  • Lusitano (cavalo)
  • Holsteiner
  • Mangalarga paulista
  • Mangalarga marchador
  • Oldenburg
  • Paint Horse
  • Pampa
  • Pantaneiro
  • Pônei
  • Pônei brasileiro
  • Puro sangue inglês
  • Puro sangue lusitano
  • Quarto de milha
  • Shire
  • Selle français
  • Sorraia

Pelagens

Um velho ditado inglês diz a good horse is never a bad colour, o que significa, aproximadamente, que se o cavalo é bom, sua pelagem será necessariamente boa. Mesmo assim, existem muitas superstições associadas à pelagem do cavalo: os cavalos zainos são populares e tidos como constantes e dignos de confiança, enquanto que os negros são considerados bastante nervosos e pouco seguros. Os tordilhos têm a reputação de temperamentais e os alazões, de serem teimosos e excitáveis. Na realidade, há muito pouco de verdade em tudo isso, e existem cavalos nas mais diversas tonalidades, o suficiente para satisfazer a todos os gostos.
  • Zaino - é uma tonalidade rica e brilhante de castanho, aproximando-se da cor do mogno polido. Os cavalos zainos podem ter uma única tonalidade em todo o corpo ou podem ter crina, cauda e patas negras, quando são, então, propriamente descritos como zainos com pontos negros. Os cavalos dessa pelagem são tidos como muito espertos e são geralmente fortes e bem dispostos.
  • Zaino negro - varia de tonalidade desde o zaino até quase o negro e, se houver alguma dúvida quanto à sua pelagem, a melhor maneira de desfazê-la é através do exame de pelos curtos e finos encontrados no focinho. O zaino negro é tido como o cavalo ideal para shows, passeios e caçadas.
  • Negro - Apesar de ser atraente, muitas pessoas sentem-se predispostas contra ele por causa de sua fama de ser indigno de confiança. Outro motivo para a prevenção, possivelmente, reside no fato de os cavalos negros terem sido sempre usados nos funerais, antes do aparecimento do carro funerário motorizado.
  • Alazão - pode variar sua tonalidade entre uma extensa gama de tons castanho-avermelhados. O mais escuro possui um tom quase arroxeado, enquanto que o mais claro é brilhante, possuindo um profundo tom ouro-avermelhado. Os alazões normalmente possuem marcas de tonalidades diversas. Podem apresentar crina, cauda e pintas castanhas ou negras, ou ainda, ter crina e cauda cor de palha dourada.
  • Lobuno - esta é a tonalidade dos cavalos e asnos pré-históricos. Várias raças mantêm essa pelagem hoje em dia e ela pode ser muito atraente, especialmente se houver pontos negros. O lobuno-dourado possui um tom levemente puxado para o tom de areia, enquanto a pelagem do lobuno-azulado é uma espécie de preto lavado, empalidecido, lhe dando reflexos azulados. A maioria dos cavalos lobunos possui uma listra sobre o dorso.
  • Tordilho - pode possuir círculos de pelo negro pelo corpo, especialmente na parte traseira, dando-lhe o aspecto de um antigo cavalinho de balanço. Os tordilhos negros têm grande quantidade de pelo negro espalhado pelo corpo, geralmente escurecendo sua pelagem. Há tordilhos claros, nos quais o pelo branco predomina sobre o negro, produzindo um efeito quase totalmente branco.
  • Baio - o cavalo baio não é muito comum. Um bom baio deve apresentar cauda e crina pretas. Embora sejam atraentes, os baios, como acontece com animais de tonalidade pouco vibrante, não são muito indicados para a equitação em geral.
  • Rosilho - é o termo usado para denominar os animais com duas ou mais pelagens misturadas, que podem possuir diversas tonalidades dependendo da proporção dos vários pelos que as compõem. O rosilho avermelhado é constituído por pelo vermelho, amarelo e branco; o rosilho-azulado, por pêlo negro, amarelo e branco; o rosilho-alazão, por pelo castanho, amarelo e branco.
  • Overo - os cavalos oveiros podem ser do tipo piebald quando possuem pelo branco coberto por manchas negras grandes e irregulares; skewbald, se as manchas forem castanhas, escuras ou avermelhadas, sobre um fundo também branco; e add-coloured, caso as manchas de duas ou mais tonalidades estão presentes sobre o fundo branco. Os animais oveiros são muito procurados pelos circos.
  • Branco - os cavalos brancos podem ser tordilhos muito velhos, cuja pelagem tende a embranquecer com a idade, ou albinos, caso em que possuem olhos rosados e pele sem pigmentação. Os cavalos conhecidos como brancos são, de fato, tordilhos na maioria dos casos.
  • Palomino ou baio branco - os palominos têm uma coloração dourado-clara, não apresentam marcas em seu pelo e suas crinas e caudas são abundantes e soltas, quase brancas. A tonalidade varia de acordo com as estações do ano. A pelagem se torna mais clara, quase branca, durante o inverno, voltando a aparecer o tom dourado com o renascimento da pelagem de verão.
  • Pintado - os cavalos pintados spotted podem possuir manchas de qualquer tonalidade e dispostas da maneira mais variada possível. Como são raros, seu preço é muito alto. Leopardo-pintado é o termo dado ao animal que apresenta manchas negras e bem definidas, uniformemente espalhadas sobre um fundo branco.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cão

O surgimento do yorkshire terrier está atrelado a fatos históricos ocorridos na Grã-Bretanha, mais precisamente na região que deu nome a raça no nordeste da Inglaterra, antes do reconhecimento oficial do animal. No fim do século XI, os servos adquiriram a permissão de criarem cães, porém seu tamanho não deveria ultrapassar o de um aro metálico de sete polegadas de diâmetro. Esta, acredita-se, pode ter sido a causa do início dos cruzamentos artificiais que deram origem às raças posteriormente chamadas de terriers. Na época, o cão que passasse sem problemas por esse aro era considerado pequeno o suficiente para não caçar, já que a classe servil, à qual pertenciam seus donos, não tinha o direito à caça nos domínios senhoriais.
Até o século XVIII a maioria dos britânicos trabalhava na agricultura mas, com o advento da revolução industrial, muitas famílias deixaram a Escócia, levando consigo os seus cães e instalando-se no Condado de Yorkshire, na Inglaterra, onde pequenas comunidades se desenvolveram ao redor das minas de carvão, dos moinhos têxteis e das indústrias de lã. Mais diretamente ligado ao surgimento dos yorkshires, dita uma raça relativamente recente, estão os cruzamentos entre vários cães de pequeno porte já conhecidos na época. Esses cães, assim como seus donos, concentraram-se nas proximidades dos centros de trabalho. De todas as teorias conhecidas, a mais aceita fala de cruzamentos espontâneos entre black and tan, skye terrier, dandie dinmont e até mesmo maltês, raças tradicionalmente conhecidas como caçadoras em tocas e que estavam presentes nas regiões de Manchester e Leeds, onde se desenhava um novo cenário de crescimento urbano.
Nessas comunidades, com destaque para aquelas constituídas pelos operários de West Riding, estes cães passaram a ser vistos não apenas como animais de companhia em casa e nas minas de carvão, mas como úteis rateiros na caça aos roedores que se escondiam por baixo dos terrenos das casas, e nas competições de bar, nas quais estes caninos disputavam o posto de maior matador de ratos, sendo objeto de apostas, para posteriormente serem vendidos como valiosas peças.Bem sucedido como companheiro e caçador, o cão chamou a atenção de criadores que, entusiasmados, iniciaram um novo processo seletivo na busca de um melhoramento do padrão e das características de beleza e habilidade como rateiro. Estes processos iniciais, acredita-se, foram os que geraram o primeiro cão projetado e produzido com sucesso, cujo comportamento deveria ser corajoso, o tamanho diminuto e a aparência bela. Fisicamente estes cães acabaram por pesar entre 5 e 7 kg e tinham o pelo macio e rajado, como ainda pode ser visto na raça moderna.

Exemplar do século XX. Estes já se apresentavam menores e de pelo mais liso que seus representantes anteriores.
A criação da específica raça é creditada ao cavalheiro inglês Peter Eden, um notável criador da época e respeitado juiz de competições oficiais. De sua posse faziam parte exemplares de pelagem longa e acetinada, azul e fulva, bem como o ancestral de um dos mais conhecidos yorkshires de exposição da época, além de ter-lhe sido atribuído o primeiro registro de um yorkshire no Livro de Criação, sob o nome "terrier escocês de pelo curto e yorkshire". No século seguinte ao início das migrações para as cidades, por volta do ano de 1861, o yorkshire foi pela primeira vez apresentado publicamente na Inglaterra, em Birmingham, quando desfilou como variedade especial de uma outra raça. Alguns anos mais tarde apareceu em sua primeira exposição canina e foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club, 
  e inserido no Britsh Kennel Club sob o nome de yorkshire terrier, cujo primeiro padrão previa dois grupos distintos: um para os exemplares de até 2,3 kg, preferidos para companhia, e outro para os de até 6
, prediletos para a caça aos roedores. Em 1898 foi criado o primeiro clube dedicado exclusivamente à raça.
No fim da Era vitoriana a raça atingiu prestígio quando um exemplar foi escolhido pela rainha Vitória como seu cão de estimação, comportamento logo imitado pelas senhoras aristocratas e da alta burguesia, que passam a eleger os yorkshire terriers como companhia, ornamentando seus animais de acordo com o modelo da roupa que usavam no dia. A partir de então aquele caçador eficiente tornou-se em definitivo um cão de companhia de luxo, como se vê contemporaneamente ao lado de celebridades. Foi por seu tamanho diminuto - ele é o menor de todos os terriers- e aparente fragilidade que o yorkshire, quase sempre chamado apenas de york, manteve sua popularidade no mundo, sendo frequentemente escolhido por pessoas que moram em casas pequenas ou apartamentos para serem suas companhias. Graças a sua personalidade, entretanto, também é animal preferido por donos que ocupam grandes mansões, não se limitando aos que habitam espaços reduzidos .
O yorkshire terrier, como ficou conhecido a partir do final do século XIX, difundiu-se por todo o mundo. Em 1932 apenas trezentos foram registrados no Kennel Clube Britânico, ao passo que em 1957 este número subiu para 2 313 e, em 1970, chegou a ser a raça mais popular da Inglaterra. Na década de 1990 o número de exemplares nos lares atingiu o ápice, chegando a 25 665. Contudo esse número reduziu-se a aproximadamente a metade em apenas quatro anos. No ano de 2009 foi eleita uma das dez raças mais populares do mundo em pesquisa que ressaltava seu temperamento corajoso, seu companheirismo e o seu tamanho, próprios para companhia, sem restrição de idade.

Crocodilo

Na Europa medieval, o crocodilo era um animal pouco menos que mitológico, conhecido apenas pelas referências de gregos e latinos que o haviam visto no Egito. Os romanos o chamaram crocodilus, palavra que tomaram do grego krokodeilos. Em textos de língua ibérica, a palavra aparece registrada pela primeira vez em 1251, como cocodrillus.
Os gregos cunharam esse nome tomando-lhe de kroké (pedra) e drilos (gusano, verme) depois de haver observado os crocodilos sobre bancos de areia e na margem dos rios desfrutando do calor do sol, imóveis como pedras.
Desde a antiguidade clássica, difundiu-se o mito de que o crocodilo emite um som semelhante a um soluço humano, quando atraem as pessoas até sua caverna. E depois de devorá-las, deixa cair amargas lágrimas, talvez de compaixão pelo triste destino de suas vítimas. Esta é a origem da expressão "derramar lágrimas de crocodilo", usada para referir-se a quem chora para fingir um sentimento que não é verdadeiro. De acordo com o professor Ari Riboldi, em seu livro O Bode Expiatório, a origem da expressão é biológica. Mas não tem a ver com fingimento.
Quando o crocodilo está digerindo um animal, a passagem deste pode pressionar com força o céu da boca do réptil, o que comprime suas glândulas lacrimais. Assim, enquanto ele devora a vítima, caem lágrimas de seus olhos.
São lágrimas naturais mas obviamente não significam que o animal se emocione ou sinta pena da sua presa. Daí vem a expressão "lágrimas de crocodilo", querendo dizer que, embora a pessoa chore, suas lágrimas não significam que ela esteja sofrendo, e muitas vezes são mesmo apenas um fingimento.

A mordida do crocodilo

A principal arma do crocodilo é sua poderosa mandíbula recheada de dentes (podem chegar a 80). Segundo estudos de Gregory Erickson e Kent Vliet, da Universidade Estadual da Flórida, e de Brady Barr, do canal National Geographic, uma bocada de um destes animais pode chegar à incrível marca de 15 toneladas. Para se ter uma ideia da força da mordida, seria o mesmo que colocar um objeto de uma tonelada sobre o seu braço com algo afiado entre a pele e o objeto.
Essa impressionante explosão de energia pode perfurar o casco de tartarugas, uma das presas favoritas dos crocodilos. Apesar de ter muitos dentes este réptil não mastiga seu alimento. Seus dentes não são alinhados adequadamente para a mastigação. Assim ele arranca pedaços das vítimas girando o corpo e rasgando a pele do outro animal. Com a carne na boca ele apenas engole ossos, pêlos e cascos inteiros.
Outro fator que impede que o crocodilo mastigue seu alimento é que o músculo que abre a boca é bem mais fraco do que o músculo que a fecha. Essa composição favorece mordidas rápidas e enérgicas. Por isso é comum observar pesquisadores lidando com animais enormes controlados com somente uma fita adesiva enrolada na boca. Quando não está servindo aos interesses de cientistas, o crocodilo pode abrir sua boca em um ângulo superior a 75º. Isso auxilia tanto na obtenção de calor em seus “banhos de Sol” quanto na maior facilidade em abocanhar animais de grande porte, como zebras,búfalos, gnus e até elefantes.

Digestão poderosa

Como esse réptil engole suas presas em pedaços, às vezes até membros inteiros, sua digestão tem de ser extremamente eficaz e rápida. Por muito tempo os cientistas não entendiam como o crocodilo e os jacarés conseguiam destruir esse alimento em seu estômago, proporcionalmente pequeno para um animal de centenas de quilos. Durante uma autópsia, liderada pelo biólogo Richard Dawkins, exibida semanalmente no canal pago "National Geographic Channel", descobriu-se que há uma artéria a mais no coração destes animais.
A veia passa por trás do músculo cardíaco e chega ao estômago. Assim, com essa estrutura incomum, o aparelho digestivo do crocodilo recebe mais irrigação sanguínea e consegue produzir muito mais suco gástrico para triturar a pesada alimentação do bicho.


Zebra


As zebras são mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, pretas e branca, dispostas na vertical, exceptuando nas patas, onde se encontram na horizontal.
É nas savanas africanas onde as zebras habitam. Encontram-se distribuídas por famílias: macho, fêmeas e filhotes. Estes animais, por serem atacados habitualmente por leões, podem se tornar animais extremamente velozes, pois para fugirem dos predadores, utilizam a fuga e seus fortes coices, podendo quebrar até a mandíbula de um felino. As listras das zebras vão escurecendo com a idade, e estes animais, embora se pareçam, não são todos iguais.
Apesar de parecerem todas iguais, as espécies de zebra existentes não são estreitamente relacionadas umas com as outras. As zebras-de-grevy têm origem de animais diferentes (de outro subgênero) daqueles que originaram as zebras-das-planícies e as zebras-das-montanhas.
Não se encontram à beira da extinção, embora a zebra-das-montanhas esteja ameaçada. A subespécie de zebra-das-planícies conhecida como cuaga (do inglês quagga, que designa o som que o animal produzia cuahaa), Equus quagga quagga, estava extinta, mas projetos de cruzamento entre zebras com coloração semelhante já recuperaram a espécie antes extinta, e o projeto liberou com sucesso vários exemplares na natureza.
As Zebras são animais herbívoros, e se alimentas preferencialmente em pastagens da savana africana.